domingo, 7 de maio de 2023

Crítica #15 - Bonus - Disyuntiva

A música dos Bonus pode ser caracterizada como um power metal progressivo. É, além disso, composta e transmitida de uma forma que consideramos ser verdadeiramente inovadora, no sentido em que não se assemelha a nada que tenhamos escutado antes. Torna-se, portanto, logo a partir do início, uma obra musical realmente interessante e imersiva. 

Isto faz-se materializar, principalmente, por via de influências sonoras de música latino-americana, mais contemporânea e popular, que são destacadas pelo teclado, assim como através de uma ambiência simultaneamente futurista e celestial, que a composição sinfónica da música introduz. Este elemento é acompanhado pela instrumentação, que se faz relevar imenso pela proeminência do som do baixo, pulsante, feroz e que assume uma sonoridade moderna, quase eletrizada e realmente interessante. Isto coaduna-se com o elemento mais progressivo da música, que se faz ressoar também pelas melodias intrincadas de guitarra que se desdobram espontaneamente ao longo das cantigas.

Além disso, a essência dos Bonus também se faz vibrar pelos vocais. A combinação entre vocais femininos e vocais masculinos guturais e limpos é frequente, ao longo do álbum, e concebida de uma forma muito bem orquestrada, garantindo a sua fluidez permanente. As intervenções guturais não são abusivas, ao contrário de uma grande parte das bandas que escolhem implementá-los, mas sim executadas com precisão e qualidade.

Todo este conjunto constitui uma agradável atmosfera sonora que embala o ouvinte numa jornada musical quase transcendental. Sensação esta coadunante com a imagem da capa, também ela transmissora de um panorama sensorial etéreo, místico, e também com os seus dotes de futurismo e de uma imagética celeste. É, assim, uma peça musical verdadeiramente rica e bastante cativante, que definitivamente agradará aos fãs de um power metal com uma onda bem progressiva.


Ficha técnica

Data de lançamento: 1 de março de 2022

Editora discográfica: Deepblast Studio

Faixas:

-Equinoccio total (3:17)

-A tiempo (3:25)

-Redes y falsos (3:58)

-Imperios (3:39)

-The Eye of the Storm (4:56)

-El salto (3:21)

-Disyuntiva (3:08)

-Palabras dichas (2:39)

-No hay perdón (3:04)

-La dama y la cruz (4:23)


Créditos:

Yanairis Fernández  (vocalista, compositora, letrista, produção, gravação e ilustração da capa)

David Diaz (guitarrista, compositor, produção e gravação)

Frank Ramos (baixista)

Sergio E. Acosta (teclista)

Pablo Abreu Ramirez (baterista, vocalista gutural, compositor, produção e gravação)

Omar Pitaluga (guitarrista convidado)

Jorge Garcia (vocalista de apoio convidado)

Pedro J. Castro (baterista convidado, compositor, produção e gravação)

Jorge Garcia (mixagem e masterização)

Sergio Suarez (compositor e letrista)

Omar Pitaluga (compositor)

Alexis Ponce (ilustração da capa)

Sem comentários:

Enviar um comentário