domingo, 21 de maio de 2023

Crítica #17 - Astronomikon - Dark Gorgon Rising


No seu primeiro álbum, os cipriotas Astronomikon trazem-nos uma magnífica sessão de power metal de excelente qualidade. Contando com pouco menos que uma hora de duração, a banda demonstra que tem composições suficientes para dar e vender - o que se demonstra ainda melhor pelo facto de ser algo que nos confere um permanente agrado.

A música dos Astronomikon pode ser caracterizada como um power metal relativamente costumeiro (o que não é, definitivamente, nada de mau, conforme já veremos de seguida), com toques progressivos e agremiando alguns outros riscos e amoricos sonoros, como vocais guturais, secções acústicas e elementos sinfónicos. As características típicas de um power metal encontram-se todas reunidas aqui: os vocais limpos aventureiros, as harmonias de guitarra melódicas e virtuosas, um ritmo acelerado e toda uma musicalidade e essência triunfante e opípara. Tudo isto se converge na criação de uma música vivaça e frondosa, que se vai desabrochando melodiosamente.

É a congregação destes elementos característicos que confere uma sensação de familiaridade, conforto e deleite à música, acompanhando-a permanentemente, ao longo do álbum. Pela proximidade que um ouvinte poderá, eventualmente, ter com música power metal, este poderá, com alguma facilidade identificar alguns momentos de previsibilidade na música dos Astronomikon. Mas isto não é um defeito, bem pelo contrário. Estes momentos fazem-se carregar de uma sensação de grande satisfação auditiva, quando a música toma o rumo que nos agrada - e que sabemos, desde logo, que é algo agradável. E a melhor parte é quando toda a música se reveste de uma incrível epicidade.

Todas as faixas do álbum são bastante memoráveis e bem distintas entre si, a nível de ritmo e canto, o que o torna numa peça muito agradável de se ouvir, pois se materializa em como que uma espécie de jornada musical sem fim aparente. E assim, os Astronomikon fazem-se esmerar pela conceção de um excelente álbum de power metal, com músicas que são verdadeiramente lendárias, num trabalho merecedor de toda a boa estima e elogio.


Ficha técnica

Data de lançamento: 2013

Editora discográfica: Pure Legend Records

Faixas:

-Ad Astra per Aspera (0:48)

-Anatolia (4:20)

-Son of Seriphos (4:59)

-Witch Hunter (4:24)

-The Spell I'm Under (4:19)

-Dramatis Personae (4:49)

-Dark Gorgon Rising (5:30)

-Bloodborn (4:23)

-The Stone Abomination (3:49)

-For You I Will Die Young (4:31)

-A Sad Day at Argos (3:38)

-Perseas Eurymedon (6:40)

-Rocka Rolla Sword (5:02)


Créditos:

Nicholas Leptos (vocalista e vocalista de apoio)

Socrates Leptos (guitarrista e teclista)

Paris Lambrou (baixista e teclista)

Stefan Dittrich (baterista)

Evagelos Maranis (vocalista de apoio convidado, produtor, masterização, mixagem e tipografia)

Constantinos Machairiotis (vocalista gutural em Dark Gorgon Rising e For You I Will Die Young)

Constantinos Constantinou (guitarrista solo em Rocka Rolla Sword)

George Kallis (teclado, orquestrações, produção, mixagem e masterização de Ad Astra per Aspera)

Demetrios Argyropoulos (alaudista)

Markus Vesper (ilustração da capa)

Renos Hiripis (edição adicional da ilustração da capa)

Maria Gregoriou (leiaute)


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