domingo, 30 de julho de 2023

Crítica #27 - Saprophytes - Marionette

No seu único álbum de estúdio, os lituanos Saprophytes oferecem-nos um metal gótico com certeza peculiar e bem característico. Na generalidade, é um ótimo disco, com uma boa instrumentação, agressiva e, por vezes, melancólica, nos momentos certos. Os momentos menos pesados, e aqueles de maior ênfase acústico, fazem-nos recordar do rock gótico dos anos 90. Todas estas alterações rítmicas são cuidadosamente aplicadas no disco, sem que nada pareça fora do lugar, ao que a música flui lindamente, de forma contínua. Ocasionalmente, brotam alguns toques de violino.

Mas o elemento que mais nos chama à atenção é, sem dúvida, a voz do vocalista Marijonas Savickis. Além de ostentar o seu gutural e a sua voz áspera, é também dono de um incrível vocal barítono, que vai tendo maior ou menos proeminência, consoante as músicas do álbum. É uma voz barítona profunda, tremendamente assombrosa e bastante prazerosa de se escutar. Confere uma atmosfera bem refrescante e inovadora ao disco, que definitivamente monumentaliza a música dos Saprophytes.


Ficha técnica

Data de lançamento: Fevereiro de 2005

Editora discográfica: Independente

Faixas:

-Through the Open Window (1:10)

-Black Cross (3:44)

-Marionette (4:18)

-Sweet-brier Shadow (4:01)

-Altar Boy (4:09)

-Drink My Blood (5:06)

-Marble Will Take Only Ashes (6:45)

-I Want This Love Not To Die (3:40)

-Traces They Leading to Heaven (6:06)

-Touch the God (3:03)


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